segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Espero-te



Por que você tão longe?
Me diga onde estas?
Diga-me!
que por perto de mim se encontra!
Clamo-te agora,
para que possas voltar
pois falta tua sinto,
quando ouço melodias
que são minhas e tuas
não aguento e paço a chorar,
Clamo-te agora,
para que possas voltar,
para que a minha felicidade
eu possa em ti encontrar,
Clamo-te, peço
Voltas para mim,
sua falta sufoca,
e aperta-me o peito,
sufoca é um mau
não posso respirar
Chamo, venha!
Tenho esperado por ti
e te espero ainda
Quem sabe tu me amas?
Pois o meu amor já tens!
Volta, ainda te espero
inexplicavelmente mais sim,
e descubro a cada dia,
Tua ausência explicou mais ainda a tua importância
Espero-te aqui.

Sangue em seus olhos


Em meio de discórdias
o sangue que cai em leitos,
o ódio e raiva nos olhos dos homens,
dos homens ao olhar outros homens,
iguais,
vemos apenas diferente,
a cor que cobre a pele,
o sexo que distingue a opção do homem,
a religião que leva a fé,
Guerras por isso?,
pessoas morrem ,
vale a pena uma pessoa morrer,
por não agir igual?
por ser ela mesma?
valas de sangue agora escorrem na mão do Homem...
valas de sangue o homem leva nos olhos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Lápis cor de pele?




Quando éramos apenas crianças e aprendemos as cores, algo inconsciente ou bem consciente já despertava o preconceito nas pessoas: entre uma das cores que havia nas caixinha de lápis havia uma que desde muito cedo já me fazia pensar no por quê daquele nome. Era uma que todos chamavam de cor de pele. Vocês já notaram qual era a cor do lápis?
Hoje não mais criança e, refletindo melhor, comecei a fazer uma pequena relação disso com o preconceito racial, que de alguma forma nasce nas pessoas, por algum motivo que não sei entender por que nasce, mas sei que existe.
Parei para pensar naquela pergunta que fiz à minha mãe: “Por que os meus amigos da escola pedem o lápis cor de pele se a pele não é só daquela cor?”.
Não me esqueço dessa pergunta engraçada, de resposta muito fácil e muito complicada ao mesmo tempo.
Desde muito novos as crianças estão aprendendo que a cor da pele tem que ser aquela, a do lápis da caixinha de lápis de cor, aquela que levamos para o “prezinho”, lembra? Aquela que até nós, quando pedíamos emprestados, chamávamos por esse nome... e que de alguma forma, sei lá por que, alguém deu o nome de lápis cor de pele, e assim aprendemos a chamar. Sim, aquele de cor clara, meio rosadinha...
Crescemos tendo que inconscientemente aprender que a cor da pele tem que ser apenas daquela cor. Por que os lápis vermelho, amarelo, marrom, preto e branco, não se chamam também lápis cor de pele?
Como as pessoas não cresceriam com esse preconceito, se quando ainda crianças aprendemos a pintar com um lápis que denominávamos cor de pele, e que nem sempre todas as pessoas que pintavam seus desenhos tinham suas cores de pele daquela igual ao do lápis? Quem chamou aquele lápis de cor de pele? Sim, nós chamamos, e sem perceber fomos preconceituosos conosco mesmos ou não, mas fomos.
Sei que aprendi também que ao me fazerem a pergunta “Ei... me empresta o lápis cor de pele?”, eu simplesmente irei responder: “Qual das cores você vai querer?”.
Percebi que ainda criança me ensinavam o preconceito racial, e que desde criança queriam fazer com que acreditássemos que a cor da pele era apenas uma, e podia se definir e limitar-se a um simples lápis de cor, o lápis cor de pele.



Esse texto será publicado na " Revista Viração", em janeiro de 2009.
autora: Simone Nascimento

sábado, 13 de dezembro de 2008

Faça chover idéias


Faça chover idéias
com lápis e pincel,
caneta, borracha e papel
ou faça como achar melhor
digite no teclado
ou use como quiser
use todas essas maneiras como iguais
ou grite na avenida
quem disse que você não pode?!
cante, ria, fale auto, ou fale baixo,
converse ,não precisa fazer quando apenas te autorizam
mas faça chover idéias
mostre o que pensa
escreva para você e para o outro
mostre ao todo
o seu lado
escute o do outro
todas as suas idéias
reais e imaginárias
todas foram muito bem pensadas
ou talvez recém fabuladas
mas faça chover
uma montanha de pensamentos e idéias
planos e estratégias
Faça chover idéias

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Em meus pensamentos


Conforme as casas de sua cidade iam se aproximando eu olhava entre o vidro da janela e observava o quanto faltava pouco tempo para eu te encontrar pude eu mesma observar no reflexo do vidro o meu sorrisocaí em mim, pensei “ ai..esse menino..” senti um calafrio um frio na barriga como criança no primeiro dia de aula então cheguei, esperando por você quando te vi me buscar te beijei e abracei como se abraçasse o mundo meu lábio no seu tua mão na minha queria que lá o mundo parasse lembrei de quando nos conhecemos quem diria inimaginável aquele dia do nada o tudo as vezes imagino e penso nos “ como?” e nos “por ques?” e logo me respondo que é você. Você aí longe de mim e eu aqui sem nada poder a se o tempo voltasse e buscasse momentos a se parasse a se o tempo voltasse nada posso fazer não foi eu que escolhi assim, foi você doe no peito marca na alma e nada posso fazer para não despedaça-la, e nem junta-la posso não é a vontade do meu coração não te ter por perto e mesmo assim não posso insistir no que não esta completo o verso da poesia não ajuda apenas me confortado e pensar que possa apenas eu assim pensar reciproco deveria ser, ninguém, mas ainda ninguém me ensinou a amar e não sofrer. Um dia quem sabe nos revemos mas hoje só sei buscar a ti em meus pensamentos.

“A alguém que entrou tão facilmente na vida mas que deixou-me de repente não posso te-ló apenas busca-lo nos pensamentos”.