terça-feira, 28 de julho de 2009

O vento soprou


E então posso sentir todo o vento que veio soprar,
cada minuto de ter vivido por lá.
Todos os dias dos quais estiveram por aqui,
e agora o vento soprou cada um pro seu lugar.

A ciranda girava e a energia contagiava,
os seres que ali estavam puderam viver,
cada minuto do que ali passava.
Sentiram a amizade,
e sentiram a dor da saudade,
e em um andar do tempo tudo se passa,
nada se foi e tudo se lembra.

Se sente então como se estivesse ainda,
se lembra como se ainda pertencesse
e se vai sem ao menos deixar ninguém.

Vamos mais unidos do que quando vinhemos.
Apenas vamos andando,
prosseguindo na extensão do caminho.
Vamos mais fortes do que quando chegamos,
e agora partimos levados pelo vento,
que vai nos trazer de novo em cada um.



Zeca Baleiro - Telegrama

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Da série " Notícias do XIV ENA" 3° dia

Eric Silva, Lilian Romão, Nayara Carvalho e Vania Correa, da Redação; Nathália Antoniazzi, Rafael Biazão e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo

www.revistaviracao.org.br
(22/07/2009)

Tá no muro!
O jornal mural perguntou qual o grito do XIV ENA, e como resposta a galera citou a arte desvalorizada, o machismo que mata uma imediata melhoria na educação pública, questões relacionadas aos preconceitos, racismo, homofobia e demais diferenças. "Somos todos iguais! Vamos gritar ao mundo inteiro." Paulo - Campinas.

Bandeira do ENA
Uma grande bandeira foi construída contemplando os grupos participantes dos ENAs.
"Representa um pouco destes anos de ENA, eu vejo um pouco das pessoas que passaram por aqui. Pelo nome dos grupos eu vou lembrando das emoções, experiências, das pessoas, das convivências, dos ENAs passados e das coisas que eu nem conheci. Mas acho que essas coisas de lembrar mesmo que fica forte. E deixa um pouquinho da marca de cada grupo e de cada ENA." Ivens Reyner.


Juventude em foco
Ao término do terceiro dia do XIV ENA, Fábio - secretário municipal da saúde de Santa Bárbara Doeste participou de uma roda de conversa relacionando o poder público e movimentos sociais visando à saúde da juventude e da sociedade como um todo. Programas de atendimento a juventude, trabalho de ONGs e outros grupos independentes que trabalham com juventude também fizeram parte da pauta.


Comunicação
A Revista Viração facilitou o grupo que discutiu comunicação no XIV ENA. Uma carta foi aberta aos produtores de mídia e comunicação como resultado da oficina, e os jovens solicitaram alguns compromissos, entre eles está: mostrar a realidade de jovens de diferentes etnias, classes sociais, regiões, religiões, gêneros, orientações sexuais e todas as expressões da diversidade.
"O que queremos não é que a mídia abandone seus interesses comerciais e empresariais. Nosso desejo é que este poder seja exercido com responsabilidade e compromisso com questões ligadas à juventude e adolescência do Brasil." Participantes da oficina de Comunicação e Juventude do ENA 2009.


Um dia só é pouco!
Foi com essa sensação que os/as adolescentes e jovens saíram dos mini-cursos. "Uma rede não é só encher uma caixa de e-mails" Diz Kakau da Assessoria de juventude - Rio Claro - SP durante o mini-curso Redes e Movimentos Juvenis facilitado por Claudia Vasconcelos e Ilca Márcia do Grupo Curumim, Recife - PE. Este foi um dos seis mini-cursos que rolaram durante a manhã e a tarde do dia 21. O mini-curso tratava, dentre outras coisas, das propriedades básicas de uma rede e os elementos básicos de sustentação, tais como: células de consumo que são os grupos, a produção para que os grupos busquem em sua fonte e passem a nutri-la também, conexão entre os grupos que precisam se comunicar e o fluxo de informação.

Grita Aí !!!
"Estamos todos integrados, está uma discussão bem gostosa. Discutimos o que nos influência hoje, daí levantamos monte de pauta: mídia, igreja, família, ideologia, conhecimento..." Diz Caio Rodolfo GAM - São José dos Campos - SP sobre o mini-curso Cultura e Diversidade.
"Interessante porque absorvemos mais conhecimento das coisas, um está soltando coisas para o outro. Acho o tema aborto bem interessante porque é o que acontece hoje em dia, e sempre discutimos muito o tema, mas nunca chegamos a um consenso por que sempre ficam pessoas contra e a favor." Diz Gabriela Serúdio do IBEAC - São Paulo - SP sobre o mini-curso de Gravidez, aborto e adolescência.


Casa da Mãe Joana
Nos quartos do alojamento foram colados papéis para que cada grupo conte algumas histórias que rolou durante esses dias. Vejam algumas...
"No dia 20 pela madrugada ouvia-se a Murta que Geme. Não sabemos se era a Murta, mas que gemia, gemia."
"Um cara, que não vou dizer quem, abaixou para pegar o tênis e ao empinar a bunda sem querer, soltou um pum! Kkk".



EDITORIAL
A Rede MAB - Movimento de Adolescentes do Brasil, existe oficialmente desde 1998, quando os (as) participantes do VIII Encontro Nacional de adolescentes - ENA que aconteceu em Rio Claro decidiu que as discussões deveriam ter uma continuidade e daí retirar demandas que viessem a fortalecer as ações desenvolvidas por grupos e instituições que o compõe, com trocas de experiência e cooperação mútua. O ComunEna é o principal canal de comunicação dentro do ENA onde os(as) adolescentes, jovens e adultos se somam levando entretenimento, reflexões e muita informação para participantes do encontro. Nas duas ultimas edições, o ComunENA tem contado com apoio da Revista Viração.


Confira o texto de Nathália Antoniazzi: http://www.revistaviracao.org.br/artigo.php?id=2395
E o bate-papo com o Secretário Municipal da Saúde: http://www.revistaviracao.org.br/artigo.php?id=2394

Da série " Notícias do XIV ENA" 2° dia

Eric Silva, Lilian Romão, Nayara Carvalho e Vania Correa, da Redação; Nathália Antoniazzi, Rafael Biazão e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo e Maria Camila, do Virajovem Recife
(21/07/2009)



Prefeito local comparece ao ENA
No segundo dia do XIV ENA, realizado na cidade de Santa Bárbara Doeste, o prefeito local, Mário Heins, compareceu para passar uma mensagem para os jovens participantes. Ao término de sua breve fala pudemos conversar um pouco mais com o prefeito sobre juventude, política e sobre a realização na cidade que ele governa.
"Acho importantíssimo a gente promover o encontro entre pessoas que tenham interesse em comum para que o país tire diretrizes, é importante para definir políticas públicas para esse segmento da sociedade. Cada jovem que sair daqui ao perceber que houve o envolvimento do poder público municipal, deslumbrar todos os frutos que podem ser colhidos desse encontro vai levar essa idéia para a sua cidade, para o seu estado, e a gente espera que essa semente germine, frutifique e que a gente possa ter a juventude cada vez mais engajada e comprometida com a política pública direcionada aos segmentos da sociedade. Para os jovens que estão participando eu daria os parabéns pelo engajamento político, pelo comprometimento. E para aqueles que não participam ainda que venham participar na sua cidade, no seu estado, para que a gente possa realmente fazer a conscientização de toda juventude e o engajamento pleno em uma política construtiva que pode fazer com que os políticos acertem mais em suas decisões em relação a juventude."

Cuidar da Terra
O segundo dia do XIV ENA - Diversidade é o grito, começou com uma integração com exercícios de roda na escola/alojamento e muita agitação, preparando para um dia cheio de atividades. O grupo terminou a atividade com uma dança/música que se chama "Cuidar da Terra", falando da importância de cuidar do XIV ENA.
Aproveitamos para pedir que a galera tome mais cuidado com o espaço das atividades e não jogue lixo no chão e nem sujeira nas pias. Respeite as pessoas no horário de dormir, se quiser conversar só não atrapalhe os outros. O ENA é responsabilidade de todos e não só da comissão organizadora.

Reivindicando
Logo cedo à galera partiu para a Universidade Anhanguera, local de realização do evento, onde teria a primeira rodada de debates e dinâmicas, a primeira tinha o intuito de discutir as diferenças e as semelhanças entre os participantes que representavam à sociedade como um todo. Após identificar e discutir as diversidades, cada grupo escreveu uma reivindicação.
Os grupos foram diversos: homens gays que lutavam contra homofobia, mulheres solteiras que reivindicavam a autonomia do corpo, jovens feministas e negras pedindo espaços para discutir suas identidades, homens que discutem gênero lutando contra o machismo, mulheres faveladas pedindo que deixassem de ser estereotipadas, de negros reivindicando mais união entres as expressões culturais negras, e até homens jovens que gostariam de não sofrer preconceitos por gostarem de mulheres mais velhas. "A nossa reivindicação é um espaço para dialogar a questão racial. Não é igualdade das pessoas, não somos iguais, é igualdade nos direitos." Ilca Márcia do Grupo Curumim, Recife-PE representando as jovens negras.
Grita aí !!!
"Ao final do ENA sairemos com experiências de vida muito fortes e levaremos para nossos grupos, cidades, e nos alimentar em termos de trabalho e luta que levaremos aos outros grupos, a outras pessoas e faremos o movimento social. A gente está num passo mais adiante eu não nos cabe fazermos fragmentações." André do Canto Jovem, Natal - RN.
"Esse espaço é necessário para organizar temáticas, abrir um debate mais amplo e mais organizado. Discutir sexualidade, diversidade, a participação do adolescente, nas políticas públicas é essencial." Fábio Luis (Secretário de Saúde)
Diferente é ser do contra?
No nosso segundo dia de encontro no período da tarde tivemos um debate coordenado dando continuidade ao que foi discutido pela manhã.
Quais os gritos que estamos praticando? O que estamos fazendo e o que fazer para garantir os direitos? E algumas respostas foram dadas: ocupar espaços nos diversos conselhos, inserção nos espaços públicos e ações culturais, parada gay, dentre outros. O que possibilitou levantarmos questões chaves para desentrelaçar às dificuldades de entendimento entre TOLERÂNCIA X RESPEITO. Até que ponto nós que gritamos por diversidade realmente queremos acabar com nosso receio em entender e aceitar o outro, uma vez que tolerar apenas não basta, é preciso respeitar e se aproximar, só assim a luta não será em vão, necessitamos nos dar as mãos por uma mesma causa onde seja validado o direito de sermos quem queremos ser, pois somos assassinados cada vez que é violado os nossos direitos. E a pergunta fica: e ser diferente é ser do contra?
Confira a entrevista com o Prefeito de Santa Bárbara: http://revistaviracao.org.br/artigo.php?id=2388

Da série "Notícias do XIV ENA" 1° Dia

Eric Silva, Lilian Romão, Nayara Carvalho e Vânia Correa, da Redação; Nathália Antoniazzi, Rafael Biazão e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo e Maria Camila, do Virajovem Recife
http://www.revistaviracao.org.br/
(21/07/2009)

EDITORIAL
A Rede MAB - Movimento de Adolescentes do Brasil, existe oficialmente desde 1998, quando os (as) participantes do VIII Encontro Nacional de adolescentes - ENA que aconteceu em Rio Claro decidiram que as discussões deveriam ter uma continuidade e daí retirar demandas que viessem a fortalecer as ações desenvolvidas por grupos e instituições que o compõe, com trocas de experiência e cooperação mútua. O ComunEna é o principal canal de comunicação dentro do ENA onde os(as) adolescentes, jovens e adultos se somam levando entretenimento, reflexões e muita informação para participantes do encontro. Nas duas ultimas edições, o ComunENA tem contado com apoio da Revista Viração.





Quando tudo começou...
O tema "diversidade é o grito" foi pensado na prévia do XIV Encontro Nacional de Adolescentes - ENA que ocorreu em Mococa - SP do dia 24 a 28 de julho de 2007. No meio da discussão que escolheria o tema do encontro, Amanda do Grupo TUMM comentou que os temas dos ENAs são como "gritos" da rede que reivindica por algo. De repente eis que surge uma borboleta que insistia em permanecer no local, daí outra pessoa destacou o significado da borboleta "mudança" que é a atual necessidade da rede, foi então que o Ivens Reyner trouxe a lembrança de todas(os) o poema de Vinicius de Morais "A borboleta" que fala sobre diversidade. Ficou então decidido que diversidade seria o tema. Então começaram a surgir sugestões de frases, e a escolhida pela maioria foi "diversidade é o grito", e não houve melhor aclamação do que o próprio grito das(os) participantes


Chegada do Busão
Cada ônibus que chegava ao local de credenciamento do XIV Encontro Nacional de Adolescentes - ENA, trazia novos e antigos rostinhos que se (re)encontravam e logo todo cansaço parecia sumir em meio a tantos abraços, sorrisos, olhares curiosos e o frio que chegava e aproximava mais as pessoas em busca de muita energia e calor humano.


Grita aí!!!
"Os cinco dias vão ser bons para articular, construir conhecimentos e tentar entender como cada um está enxergando a adolescência, sua vida, a cidade, o projeto." Leonel Luz, CV - Rio Claro - SP.
"As minhas expectativas pra esse ENA é a de definir o futuro da rede MAB enquanto movimento social para o MAB continuar lutando pelos direitos de adolescentes e jovens." Margarita Diaz, Reprolatina - Campinas - SP.
"Espero que todos saiam com algo em mente, que esses cinco dias façam a diferença na vida deles." Daiane Tavares, 16 anos. IRSSA - Santa Bárbara do Oeste - SP.
"Como todo evento vai ser muito marcante, já que o EPA já me marcou bastante imagina um encontro de seis dias, tudo pode acontecer mas eu sei que vai ser muito louco". Allan Guilherme, 17 anos - GAM - São José dos Campos - SP.



No escurinho do teatro...
Roda de capoeira com direito a convidados (as) da platéia, emoção na retrospectiva de momentos, pessoas que fizeram parte da rede e cresceu com ela através de fotos e falas dos adolescentes anfitriões Ana Carolina Sávio e Jean Carlos de Lima do IRSSA de Santa Bárbara, uma mesa de abertura que se encheu de adolescentes de repente e contou com a presença de importantes colaboradores, uma linda e contagiante apresentação de uma peça teatral realizada pelo Grupo de Adolescentes Multiplicadores (GAM) de São José dos Campos - SP que resgatava a história do Brasil mostrando as raízes de toda essa cultura e diversidade. Assim foi marcada a abertura oficial do XIV Encontro Nacional de Adolescentes, graças ao esforço de tanta gente que o presidente da rede fez questão de agradecer. Tanta gente por trás de um evento que dura apenas cinco dias, mas que mexe tanto, com tanta gente, que permanece em nossas mentes para sempre.
Frases:
"Temos o direito de sermos iguais desde que a igualdade não nos caracterize, e temos o direito de sermos diferentes desde que essa diferença não nos inferiorize." Boaventura.
"Não há modo mais interessante de pensar a diversidade, do que a partir daquilo que se designa por identidade." Foucault.
Abertura (mesa)
Fernanda Lopes UNFPA ‘‘Ser diferente não é ruim, ruim é quando nossas diferenças não respeitadas".
"Expressão da diversidade é um direito."
"O grito da juventude é muito alto, só precisamos querer ouvir."


Confira o depoimento de alguns adolescentes sobre o evento: http://revistaviracao.org.br/artigo.php?id=2391

sábado, 18 de julho de 2009

Selo ( blogs indicados)

Selo que ganhei da Lívia Amarante, do Blog "Paper Kites". Um maravilhoso blog do qual eu admiro muito!




Regras:
1. Exiba a imagem do selo "Olha que blog maneiro".
2. Poste o link do blog que te indicou.
3. Indique 6 blogs de sua preferência.
4. Avise seus indicados.
5. Publique as regras.
6. Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
Blogs que eu indico:

•Blog " Quarto Mundo" (http://quartomundotvusp.blogspot.com/) - Quarto Mundo
•Blog " Um gosto Assim" (http://umgostoassim.blogspot.com/) -Mariana Cabral.
•Blog "Lego de palavras" (http://legodepalavra.blogspot.com/) -Carol Santos.
•Blog " Função Original" (http://funcaooriginal.blogspot.com/ )- Grupo Função Original.
•Blog " Não sei voar de pés no chão" (http://amandaproetti.blogspot.com/) - Amanda Proetti.
•Blog " Minha sorte é lançada em dados víciados" (http://camilacaringe.blogspot.com/)- Camila Caringe.

Deixo aqui, meu agaradecimento a Lívia Amaranate do blog " Paper Kites".
Muito Obrigada!

XIV ENA (encontro nacional de adolescentes)


De 19 á 24/07 estará acontecendo o "XIV ENA" (encontro nacional de adolescentes).
A galera da Revista Viração(http://www.revistaviracao.org.br/) estará lá!
E eu ficarei por esses dias ausente no blog! Mais assim que eu poder com certeza passarei por aqui!


domingo, 12 de julho de 2009

Não apenas do somente



As vezes sutilmente eu queria poder escrever, sem que ao menos pudessem entender do que eu escrevo naquele momento. Mudar palavras e associar sentimentos para que o triste fosse passado em alegria, e a alegria fosse passada em mais festa ainda. Queria poder ser mais cômica em meus textos, e levar um pouco mais de alegria nas minhas palavras.

Nem sempre eu queria escrever de amor, ou do que aperta o peito. Não quero ter de fazer dos textos apenas lugares de desabafo, quero escrever também sobre todas as outras coisas que nos trazem alegria, não só do amor. E assim transmitir tudo isso em palavras.

Não somente quero escrever de amores platônicos, nem aqueles que nos tiram o sono. Entre tanto, não quero deixar de escrever sobre todos eles, mais também quero dar espaço para o que não me tira o sono, e sim me faz não querer dormir, para que eu possa viver mais uma vez todo o instante, da maravilha do escrever por paixão. Não apenas por desabafo, é dessa paixão que eu quero também escrever. Pois, um verso não é só de amor, nem é todo tristeza.

Para que minhas palavras possam ser e sejam todos os sentimentos. E assim poder escrever de tudo, de todos, do infinito, do que existe e do inexistente.

Poder gritar silenciosamente em cada estrofe de um poema, ou rir desesperadamente em mais um parágrafo de um texto.

Mas que todas as razões me levem a escrever, simplesmente na sutileza de um verso, ou no maciço parágrafo de um texto. Cheio de palavras que preencham as linhas, e dêem vida a cada rima.

Mas que cada um de todos os sentimentos, e que cada um dos fatos possam ser escritos. Não quero apenas falar de dor, ou fingir que minha vida só é composta de alegrias, não quero fazer dos meus versos, todo tristeza, todo amor, todo beleza, todo angústia e nem todo desabafo. Mais quero fazer do meu verso, um verso, e apenas um verso. E que nele caiba tudo, sem que transborde.

Nele poderei falar de todas as coisas, e assim chegarei a um poema, ou um texto, do qual não terá um rótulo. Nele então poderá se encontrar vários assuntos e sentimentos, ou assuntos que falem de sentimentos, ou simplesmente assuntos, assuntos diversos. O que vier, o que estiver, o que se sentir, o que criar, o que amar e odiar. Mas que nele eu possa encontrar espaço para tudo o que tiver que ser escrito.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Peça Teatral


Maldito pessimismo que mora em nós.
Nos trancamos ao sofrermos.
Somos teatros ambulantes,
encenamos alegria.
Para assim não mostrar nossa real tristeza.

Carne humana e dissimulada peça teatral.
Feita de sangue carne e vida,
como você!
Criando sentimentos para escrever
e o que verdadeiramente sinto,
poucos poemas sabem.

Lágrimas cortam a maquiagem,
sorrisos também.
O reciproco alivia,
um abraço após a peça nos recupera.
Um beijo nos traz vida,
e um grito no palco desabafa.
Persistir no texto as vezes cança.

Quando um verso meu for teu,
e em uma estrofe haver teu nome
e ele for recitado durante minha peça.
Acredite,
não são todos que o têm.

As vezes a luz da peça pode vir a aparecer
mas só se sentirmos que o nosso público nos dá o valor.
E que é compreendido o que trancamos.
Quero sentir os aplausos em nós.