terça-feira, 20 de outubro de 2009

Medo do quê?




Assusta o corpo,

doe a alma
de quem muito se abala
pelo tudo em amar.

Antes de tudo,
soca-se o peito...
aperta-se bem!
Para o coração esconder.

Bochechas vermelhas,
olhos fundos
e brilha ao fundo
o que no fundo está há aparecer.

Fala-se calmamente,
mas nada do que queria se dizer.
Se esconde de novo:
- Que vontade de desaparecer...

Se sente o nada,
aborda -se o tudo
e escreve com tudo o que lhe faz doer.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A vidraça



Enquanto subíamos e descíamos
atrás do procurado,
tudo ficava tão ofegante
na busca do achado.


O ar de nossas bocas
mostravam nossos corpos cansados,
faziam rapidamente o corpo quente
e as vidraças embaçavam.

Nelas se era possível relatar
tudo o que estava acontecendo por lá.
A busca incansável pelo procurado
os motivavam mais ainda a procurar.

Se subia e se descia atrás,
por todos os cantos se procurava.
Se acha então o achado
e se respira a fervura.

Fervura aliviada de quem muito procurou,
mesmo do quente que embaçou.

Vidraças cinzentas,
transparentes eram as letras
riscadas com os dedos
que ainda cansados os inspirou.