quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Caixinha escura?


Caixinha de idéias fluem em alguns momentos...


Em outros momentos parece que nada dela quer sair, nenhuma idéia parece fluir, nada consegue-se escrever.
Em alguns dias começa-se a ficar frustrado, tudo parece estar escuro na caixinha, em horas que nada da caixinha quer aparecer, nada parece querer sair...
Então em pensamentos já frustrados, começa-se escrever exatamente sobre o que você não consegue escrever, mais começa-se escrever, um texto vai surgindo algo que parecia incapaz de se realizar, as letras vão saindo, as palavras vão aparecendo , um paragrafo surge...de repente formam-se dois...e dos outros que também vão surgindo juntos formam um texto.
E agora?
em...
O texto não saiu?
A idéia não surgiu?
Momentos em que nada parece surgir, nada nenhuma ideiazinha se quer...nada...nadica...nadinha!
Surgiu-se do nada então!
Não mais que de repente, da proposta indecente de escrever exatamente do que parece não te deixar escrever, mais então se escreve do mesmo jeito.
Na caixinha nunca se falta nada, até no escuro qualquer um se vira.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A menina




Estava a olhar uma menina de brilho nos olhos e pensamentos quase que infinitos.

De repente invadi seus pensamentos, pensamentos dos quais me pareciam agitados...confusos...
Vi também os olhos da menina, eles eram brilhantes, até que eles começaram a se encharcar de lágrimas e seus olhos brilhavam ainda mais. Comecei a notar que daqueles olhos lágrimas começaram a cair contornando seu rosto, escorrendo por toda sua face.

Confesso que curiosamente me infiltrei novamente naqueles pensamentos, queria saber o que fazia a menina ter lágrimas por toda a sua face.
Então mergulhei naquele mar frustrado, agitado com ondas de dúvidas. A menina faceira tinha vontade de seguir impulsos do coração e do amor que estava a sentir, tinha vários pensamentos do que fazer, tinha vontade de correr até a primeira estação do impulso e pegar o primeiro ônibus ou trem até seus desejos, que a leva-se a aquele do qual ela sentia saudades.
Ela queria ir aonde o amor a leva-se , ela queria ir até o seu amado, sem medo e receio. Mesmo ela não sabendo exatamente aonde encontra-lo ela sabia que algo mais forte ia guia-lá até ele.
Ela em seus sentimentos também sentia um pouco de desprezo, e aquilo agoniava a menina. Em seus soluços do choro notei que a menina olhava o céu, e começa a pensar na distância.

Como quando olhamos algo ao longe...e estendemos a mão para pegarmos, e aquilo que queremos pegar parece estar em nosso alcance, pois parece caber nas palmas de nossas mãos, e de repente fechamos a mão tentando pegar... e nem alcançar conseguimos.
E lembramos da sensação que naquele momento é uma lembrança, uma lembrança do seu abraço de te-lo perto de beija-lo. Mas em um piscar de olhos a menina cai em seus próprios pensamentos e se vê pensando, e percebe que o que está separando o algo de seu toque é a distância.
A menina então começa a observar todos os seus pensamentos incontroláveis, pensamentos que nunca acham respostas.
Em seus olhos as lágrimas ainda caem e percorrem seu rosto, a menina de brilho nos olhos continua a pensar e ter suas lembranças, ela ainda estende suas mãos na espera de alcançar , até o dia que for possível tocar.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A vida nas palavras


Em seus textos ela gosta de amores impossíveis
e neles ela vive a adrenalina.
Em seus versos ela arrisca dizer que ama
mesmo sabendo que pode não ouvir o mesmo.
Ela em seus textos faz loucuras pela vida,
e em suas palavras vai a qualquer lugar do mundo.
De suas histórias faz poesia,
de suas dores escreve melodias.
Escreve dos sentimentos até os que fazem doer
e mesmo assim ela continua a escrever,
escreve sobre si mesma ,
e até de quem não conhece
ela continua a escrever sobre tudo o que aparece,
escreve sobre ela mesma,
e de quem desconhece,
ela escreve até para ver se da dor esquece.
Escreve como sua mãe ensinou
coloca em letras tudo o que a angustiou,
coloca também o que a faz feliz
escreve até tudo o que diz...
Faz da poesia seus pensamentos
e em suas histórias escreve grandes momentos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Perguntinhas na cachola




Ai! Minha alma suspira em meio de pensamentos intermináveis sobre o futuro, quando se têm ainda “toda uma vida pela frente” (aspas) e muitos planos , nossa cabeça começa a pirar em pensamentos e estratégias de como vai ser daqui para frente...

Se bem que penso que essa pergunta vêm em vários momentos da vida, acho que em todas as idades essa pergunta chega e causa o mesmo impacto, aquela velha insegurança, as vezes é sadia te-lá, nos desperta uma vontade de realizar planos, ter conquistas.
Mas têm horas em que ficamos atordoados em pensar, e agora? A faculdade qual vai ser? O cursinho será que vou fazer? E aquele curso legal, será que vai me deixar frustrada e sem tempo?
É então que se diz: “ eis a questão”.
A toda hora essas perguntinhas rondam os pensamentos. Ai! Intermináveis questões enchem as cabeças de pontos de interrogação “ ???? ”, com aquelas dúvidas. Chega a ser engraçado ter tantas questões na nossa cachola de ideias!
Parece que a cada tempinho que passa e se vai chegando mais perto das grandes decisões tudo vai ficando mais complicado de se resolver...até que “ BUM” a possível resposta!
Só não temos nunca certeza de que é a certa, mais tudo bem é a que nos parece melhor, e damos mais um passo, e continuamos a seguir sempre com mais perguntinhas na cachola.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Canto Das Três Raças - Clara Nunes

Clarice em Escassez - Por Ricardo Mota

Um texto de um amigo, do qual fiz questão de colocar no meu blog, ao Ricardo, aqui está o seu Texto "Clarice em Escassez".


Determinado a mergulhar num desses livros que desenterram vontades atenuadas e nos contam segredos obscuros da alma, fui à caça de uma obra de Clarice Lispector.


A Aventura começa desde casa quando acordei com umas de suas frases martelando a minha consciência incognoscível, deste modo me fiz crer que iria deverás atrás dela.


Não contente em entrar nessa peregrinação sozinho, arrastei o meu amigável primo, camuflei a minha ânsia e lhe contem que iríamos apenas comprar camisetas, coisas sem graça, logo, ele se deleitou sobre a minha inofensiva quimera.


Com minha vontade latente em pensamento, seguimos rumo à trilha dos tijolos amarelos, viajamos nas listras dos tecidos e ironizamos as cores grotescas do verão. Inventamos de mergulhar na maré do consumismo e gastamos tudo o que não podíamos, tivemos um momento fast food no vermelho e amarelo e debochamos dos escravos do sistema do tio Ronald.


Aparentemente eu tinha me esquecido de Lispector e ela de mim, quando veio tocar novamente a campainha da obsessão, assim fui obrigado a acentuar o pequeno guri que entraríamos no país das maravilhas e daríamos logo por oficializada a busca por Clarice.


Entramos em um beco que não é o Diagonal, porém nos revelou o paraíso, pois o paraíso poderia sim existir meio a tantas capas coloridas e folhas amareladas, vimos todos os imortais, contistas, romancistas, ensaístas, poetas exceto a hermética Ucraniana; ela mesmo não estava ali.


Ouvimos o segundo “Ah, Clarice não tem!” e notamos a tristeza florescer na face de uma vendedora amante dos singulares livros.


Seguimos ainda contentes para a próxima esquina, olhamos, procuramos e apenas vimos o Bentinho tentando destruir a imagem de boa moça de Capitu, o galante Dorian extasiado por sua beleza retratada num quadro e uma nordestina perdida em seus quatorze títulos questionando para que lhe serviria a felicidade.


Já tinha me dado por vencido (pensei em utilizar “caro leitor”, mas estaria me rendendo às narrativas de Assis e talvez não seja muito propício logo que estou transbordando Clarice) quando vimos um fiozinho de imortalidade brotando da prateleira me fiz crer e não apenas eu, mas o dono da livraria e meu companheiro, que sim era possível encontrarmos a autora de “Água Viva”, contudo para minha estupefação e não apenas a minha! ; Lá que vinha Macabéa com seu rádio emprestado, ouvindo a estação Rádio Relógio colocando deste modo um ponto final na minha esotérico esperança.


Acreditei que tal inquietação deixaria de existir por algum tempo, no entanto ela que plantou em mim a semente da necessidade, naquele exato momento impedia que a noites de chuvas tempestivas acontecessem.


Perplexo, deturpado, desencorajado, decepcionado com o abordo da missão, não apenas eu, pois meu primo também havia entrado nessa caçada, fomos embora cabisbaixo e calados; Ainda agora continuo.


Continuo ainda mais agora! Por me obrigar a relatar essa escassez desenfreada de Clarice.




quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Beirut - Elephant Gun

A tristeza é inevitável o sofrimento é opcional


Sabias palavras me foram ditas,
sabias palavras que antes de serem ditas foram ouvidas,
e ao serem faladas foram passadas,
em um diálogo em um dia normal
em uma pergunta que surgiu ao nada,
apareceu da boca de um alguém,
saiu,
e simplesmente a falou,
algo que tocou-me e motivou-me a escrever,
escrevo agora o que simplesmente passei a entender.
A busca da felicidade
o medo da infelicidade,
ser feliz, passar a vida atrás da felicidade,
dizer essa vida, ela é feliz.
Mas não, a felicidade não é isso,
a felicidade é composta de momentos,
momentos que se juntam no caminho da vida,
momentos felizes,
que ao se somarem no fim da sua vida
foram grandes momentos jamais esquecidos,
momentos inesquecíveis.
Não temos como nos virar e dizer esse é feliz por inteiro,
e sim que momento feliz.
Sabia palavra me foi dita,
sabia palavra agora perpetua os meus pensamentos,
algo bom me fez,
isso me foi um momento feliz,
a mais que momento,
me sinto feliz!
uma pergunta foi:
Do que você tem medo?
a resposta dita foi a infelicidade
nos gerou a conversa ...
nos gerou a sabia palavra...
me gerou um título...
me gerou uma poesia...
que me gerou um momento feliz!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A única certeza que tem o Homem.


O homem só aprende na vida uma coisa que é dele saber que certamente vai acontecer, em um dia, em algum lugar, de alguma forma, mas certamente acontece, cedo ou tarde isso não determinamos, talvez seja cedo para mim que ainda penso em viver muitas coisas, talvez tenha sido sedo para ele que gostava da vida, mais talvez tenha sido sedo para ele mais na hora que tinha que acontecer para vida.
Ainda pequeninos aos poucos vamos aprendendo “tudo”, mas mesmo assim ainda não aprendemos quase nada, porque nada do que aprendemos temos certeza se vai acontecer, ou se aconteceu, até que o nosso próprio ego nos prove, nada que sonhamos temos certeza se vai acontecer, até que realizamos, mas sim isso já nascemos sabendo, sabendo que vai acontecer de alguma forma, em algum dia, em algum lugar, mas simplesmente sabemos.
De-repente aprendemos, como um passo de mágica sem ninguém ensinar, somente talvez ao nosso “destino” devemos, sim todos nós talvez já tenhamos medo assim que nascemos, outros sonham com o que vêm depois, e aguarda ansiosamente por esse momento. A dor que corroí o homem a cada minuto que ele tenta imaginar o que está por vir, sim a MORTE, que quando vêm simplesmente leva, as vezes tranquiliza quem se vai, ou agoniza a quem se fica, a os que sabem compreende-lá ela deixa a esperança, eu simplesmente sei que ela faz doer a quem fica independente do que passa na mente, mais sei também que já sabíamos, lembra ela é única coisa de que a nós não é segredo.
Se bem que por um lado é segredo saber o que há depois dela, é outra coisa que corroí o homem, outro segredo que caminha conosco na jornada até ela.
As vezes não paramos para pensar o quanto ela caminha em nossa vida, simplesmente o contrário caminha junto a nós.
É a única certeza que tem o Homem...