quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Despetala-se


Tudo tão comum.
Uma noite tão comum,
chuvosa e abafada.
Tudo estava tão quieto,
a não ser pelos pingos da chuva.
Mas tudo quieto em mim.

De repente escuto algo...
que invadiu o silêncio que ali estava.
Me invadiu.

Olhei um vaso,
um que estava na mesa mais cedo.
Estava no chão,
ele caiu e junto as flores que dentro dele estavam.
Olhei todas aquelas pétalas caídas
e a água em todo o chão.

A água escorrera,
os cacos foram tirados para não cortar,
mas as flores, todas sem pétalas...
já não eram mais flores.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Cirandeiro



Tô esperando!
Tô correndo!
Juro não vou parar de rodar.
Na espera da alegria para poder relatar.
Digo agora sobre o sorriso que me faz exclamar.
Cada segundo, cada momento...
é combustível para continuar.

Um gesto do mais simples,
aprendi a interpretar.
É disso que me movo, é disso que escrevo.
Escrevo da ciranda quando começa a rodar.
Escrevo de você, quando me faz sonhar.
Escrevo de nós, quando nos faz voar.

Engraçado seria, se não sentisse.
Engraçado como é bom saber que existe.
Engraçado saber como tudo isso faz diferença.
Engraçado como sou persistente,
sem ao menos saber se a verdade é assim.
Mas pode ser um sonho, é tão bom sonhar...
'voa... traz para a realidade o que veio me encantar'
Forte energia da ciranda, me faz rodar.

Me faz bem, me faz tão bem...
Me faz sonhar.
Sonha comigo, na ciranda vem sonhar.






Oh cirandeiro, Oh cirandeiro ô, a pedra do seu anel brilha mais do que o sol!♫
(lembrei desse pequeno trecho de uma linda cantiga de ciranda)