quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Despetala-se


Tudo tão comum.
Uma noite tão comum,
chuvosa e abafada.
Tudo estava tão quieto,
a não ser pelos pingos da chuva.
Mas tudo quieto em mim.

De repente escuto algo...
que invadiu o silêncio que ali estava.
Me invadiu.

Olhei um vaso,
um que estava na mesa mais cedo.
Estava no chão,
ele caiu e junto as flores que dentro dele estavam.
Olhei todas aquelas pétalas caídas
e a água em todo o chão.

A água escorrera,
os cacos foram tirados para não cortar,
mas as flores, todas sem pétalas...
já não eram mais flores.

2 comentários:

  1. Esse seu poema me fez lembrar de um do Drummond, que ele diz é feia mais é uma flor. Com ou sem pétalas nunca vai deixar de ser uma flor, nunca.

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