terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A menina




Estava a olhar uma menina de brilho nos olhos e pensamentos quase que infinitos.

De repente invadi seus pensamentos, pensamentos dos quais me pareciam agitados...confusos...
Vi também os olhos da menina, eles eram brilhantes, até que eles começaram a se encharcar de lágrimas e seus olhos brilhavam ainda mais. Comecei a notar que daqueles olhos lágrimas começaram a cair contornando seu rosto, escorrendo por toda sua face.

Confesso que curiosamente me infiltrei novamente naqueles pensamentos, queria saber o que fazia a menina ter lágrimas por toda a sua face.
Então mergulhei naquele mar frustrado, agitado com ondas de dúvidas. A menina faceira tinha vontade de seguir impulsos do coração e do amor que estava a sentir, tinha vários pensamentos do que fazer, tinha vontade de correr até a primeira estação do impulso e pegar o primeiro ônibus ou trem até seus desejos, que a leva-se a aquele do qual ela sentia saudades.
Ela queria ir aonde o amor a leva-se , ela queria ir até o seu amado, sem medo e receio. Mesmo ela não sabendo exatamente aonde encontra-lo ela sabia que algo mais forte ia guia-lá até ele.
Ela em seus sentimentos também sentia um pouco de desprezo, e aquilo agoniava a menina. Em seus soluços do choro notei que a menina olhava o céu, e começa a pensar na distância.

Como quando olhamos algo ao longe...e estendemos a mão para pegarmos, e aquilo que queremos pegar parece estar em nosso alcance, pois parece caber nas palmas de nossas mãos, e de repente fechamos a mão tentando pegar... e nem alcançar conseguimos.
E lembramos da sensação que naquele momento é uma lembrança, uma lembrança do seu abraço de te-lo perto de beija-lo. Mas em um piscar de olhos a menina cai em seus próprios pensamentos e se vê pensando, e percebe que o que está separando o algo de seu toque é a distância.
A menina então começa a observar todos os seus pensamentos incontroláveis, pensamentos que nunca acham respostas.
Em seus olhos as lágrimas ainda caem e percorrem seu rosto, a menina de brilho nos olhos continua a pensar e ter suas lembranças, ela ainda estende suas mãos na espera de alcançar , até o dia que for possível tocar.

2 comentários:

  1. Nos meus braços, ontem, tive uma menina quase que idêntica a descrita, mas esta que encontrei detinha muitas respostas, e esta não chorava, mas me amava.

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